O Museu Histórico Aurélio Dolabella é uma instituição de natureza pública, criada por meio da Lei municipal nº 594, de 28 de dezembro de 1972, e cujo acervo se constitui em peças da história, da religiosidade e do cotidiano luziense dos séculos 18, 19 e 20.
As primeiras doações ao acervo do Museu foram realizadas por Aurélio Dolabella, proeminente munícipe de Santa Luzia, e sua relevância para a preservação da memória da cidade é demonstrada na atribuição de seu nome à principal instituição museológica do município. Inicialmente sua sede estava localizada na Rua do Serro, nº 218, mas em 1992 foi transferida para o Solar Teixeira da Costa.
O acervo do Museu Histórico Aurélio Dolabella estava distribuído em 18 salas temáticas que reuniam mobiliário, louças, vestuário, ofícios, incluindo peças do cotidiano dos séculos XVIII, XIX e XX. Destaque também para os objetos litúrgicos pertencentes à cidade, cujo valor, quer o de traço propriamente artístico ou de cunho histórico, faz entrever, em sua extensão e peculiaridades, os aspectos essenciais das manifestações, valores e modo de viver da sociedade luziense.

O casarão
A construção do casarão colonial (Solar Teixeira da Costa) remete aos meados do século XVIII. No ano de 1840 teria sido adquirido pelos Barões de Santa Luzia, funcionando como casa de São João de Deus, uma das fontes de renda para o hospital de mesmo nome, o qual foi fundado pelos barões.
No final do século XIX, foi adquirido pelo senador estadual Manoel Teixeira da Costa para a residência de sua família, criando repercussão em todo o Vale do Rio das Velhas como um salão de importantes decisões políticas. Em 1992, o Solar Teixeira da Costa foi comprado pela municipalidade para abrigar o Museu Histórico Aurélio Dolabella e Casa de Cultura. Por seu grande valor histórico, o edifício é tombado pelo IPHAN, pelo IEPHA e pelo município.
O acervo é um importante e significativo retrato das famílias da cidade, sendo muitas das peças originárias de doação dos luzienses. Além das peças que contam a história de Santa Luzia, o museu abriga um importante acervo de partituras musicais, fonte obrigatória de consulta para os pesquisadores da música colonial mineira do século XVIII.
Texto: Marco Aurélio Fonseca e Juliana Cristina Facre
Fonte:
MATEUS, Adalberto. A. Santa Luzia: Atos de Proteção. Bens culturais tombados. Santa Luzia: [s.n.], 2016.
SANTA LUZIA. Projeto arquitetônico de restauração: Solar Teixeira da Costa – Centro Histórico de Santa Luzia. Santa Luzia, 2021.
